quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Cabelos curtos, ideias longas?



Não era Louise Brooks quem queria. Nem Coco Chanel tão pouco. No entanto, na década de 1920, tomadas de um furor revolucionário, milhões de raparigas um pouco por todo o mundo ocidental, cortaram o cabelo à garçonne. Lisboa não foi excepção, como se pode ler nesta "estatística curiosa" publicada pelo vespertino Diário de Lisboa, a 20 de fevereiro de 1926. A poucos meses da morte da Iª República às mãos da ditadura militar e da chegada ao Terreiro do Paço de um senhor que desaprovava tais modernices. Era professor de Finanças e chamava-se Oliveira Salazar.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

O charme muito discreto das formiguinhas






Publicidade também é texto. Nas revistas de moda francesas da década de 50, esta era a contracapa possível a uma capa com o sofisticado New Look de Christian Dior. Impossível não pensar em Marguerite Duras e na sua reflexão: "A casa que uma mulher cria é uma Utopia."

sábado, 16 de fevereiro de 2013

E Chanel criou o tailleur



  Em 1956, durante um doloroso comeback à Moda, Coco Chanel inventou o tailleur que ficará eternamente associado ao seu nome. Não deve haver peça de moda mais imitada ou reinventada desde então.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Só os diamantes são eternos


  O vento que chega do mar agita os cabelos ruivos da menina sobre as páginas da revista. Estamos na ilha de Anglesey, País de Gales, e a época é a década de 50, marcada ainda pelos rigores do racionamento do pós-guerra. Apanham-se meticulosamente as malhas das meias e descem-se, até ao impossível, as bainhas de saias descoradas. Mas a menina sonha com a graça que lhe promete o nome recebido na pia batismal: Grace.

Grace Coddington, compra todos os meses a Vogue e sonha com o mundo de glamour da alta costura internacional. Mas as ruas ventosas da ilha ficam longe de High Street Kensington. Fast forward: Nova Iorque, 2009, o documentário The September Issue, de R.J. Cutler, demonstra ao mundo que a alma da Vogue norte-americana não é o Diabo-veste-Prada-Anna-Wintour, mas a sua diretora criativa, Grace Coddington, nascida em Anglesey, País de Gales, em 1941. O sonho concretizara-se em toda a sua majestade, mas a elipse esconde a dureza da escalada.

Grace Coddington nos anos em que era Cinderela





  Aos 17 anos, Grace tornou-se Cinderela. Ganha um concurso para modelos fotográficos da sua idolatrada Vogue e ruma a Londres, onde inicia uma carreira fulgurante. Torna-se um ícone da swinging London. Twiggy era a modernidade, Jean Shrimpton a sofisticação e Grace, com look de amante do tenente francês e rodeada de gatos, o mistério. Foi assim até que, aos 26 anos, quando o sonho foi bruscamente estilhaçado: Um acidente de automóvel deixou-a irremediavelmente desfigurada e a menina bonita da véspera voltou à casa da partida. Na Vogue, como sempre, tornou-se editora de moda júnior. Não parou mais: concebeu editoriais de moda com fotógrafos como Cecil Beaton, Sarah Moon, David Bailey, Helmut Newton e Guy Bourdin. Há 14 anos mudou-se para a Vogue norte-americana e imprimiu-lhe a sua marca. Com Jay Fielden, prepara agora um volume de memórias, ameaçando as convenções do volátil mundo em que se move. Sem levantar a voz, a gata mostra-se em todo o esplendor de umas garras bem afiadas.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Loucos anos 20



   Quando a próxima estreia de O Grande Gatsby promete devolver os loucos anos 20 à moda, lembramos a cantora e atriz francesa Mistinguett (1875-1956). Na capa (autografada) da Illustração Portugueza, apresenta-se em todo o esplendor do garçonne look: cabelo curto, longo colar de pérolas, sapatos mary jane. De Paris, com muito charme.